A ponta afiada percorre
leve
a pele em febre
trêmula
suave, a ponta dilacera
rasga
abre
um mundo
e quente, pegajoso
escorre, doce
a dor –
tão não-dor –
nas entranhas
o sal nos olhos
o agridoce no ar
o minuto-surdez
a areia na garganta
que grita: mais!
mais fio
mais ritmo
mais
e sempre
sempre mais
gozo
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