segunda-feira, 25 de abril de 2011

caminho

nós duas dirigimos
(ainda sem chegar)

e mandamos postais
e escrevemos cartas
enquanto rasgamos livros
e arranhamos discos
e estilhaçamos copos

enquanto isso –
é melhor acreditar:
voltar pra casa
não importa

nenhuma estrada supera
a extensão das memórias

2 comentários:

Darlan disse...

Será que as memórias superam a extensão das estradas? Às vezes não tenho certeza, há tanta coisa que se perde pelo caminho. Não a essência, mas os detalhes. Mas sim, que neste caso as estradas se encontrem num só norte, em intactas memórias, amém.

Laura Assis disse...

gosto muito desse, penso nele para a contracapa, inclusive. essas duas últimas estrofes :)